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sexta-feira, 22 de março de 2013

OS ÍDOLOS DE MINHA MÃE




Filhinhos, cuidado com os ídolos.1 Jo. 5.21

Nasci dentro do catolicismo romano. Todos os domingos lá estavam eu e minha humilde mãe nas missas. Padre Pinto, hoje Monsenhor, era figura marcante nas celebrações matinais dos domingos. Minha mãe era devota de Santa Luzia, mas gostava de comprar os quadros e as imagens dos santos mais famosos da Igreja Católica - São Francisco de Assis, Nossa Senhora, Coração de Jesus, Santa Luzia, Pedro e até de Padre Cícero ela tinha uma moldura, imagem. Como boa católica ela não perdia as missas dos domingos. Tinha uma fé e uma esperança muito grande de que os “santos” intercederiam pelas suas rezas diante de Deus.

Com um tempo minha mãe deixou o catolicismo e passou a frequentar uma igreja evangélica neopentecostal. Dispensou as imagens dos ídolos, as quais faziam parte de sua antiga crença e religião. Fiquei muito feliz por essa aparente libertação de minha mãe da idolatria. Mas algo estranho começou a acontecer. Agora, minha mãe chegava em casa com outros tipos de imagens. Ou ídolos? Todos os domingos quando minha mãe chegava dos cultos da sua nova “igreja” ou religião trazia sempre um objeto “santo”. Lembro-me da “vassoura santa” para varrer a casa e tirar toda “sujeira espiritual”. Ainda tinha o “sal santo” para proteger a família dos “espíritos maus”. E assim era todas as semanas, minha mãe sempre trazia um objeto - lenço, óleo, toalha, chaves de madeira, poeira de Israel, uma rosa... Todos tinham “poder espiritual” para minha mãe - o pastor disse! Então, ela acredita que Deus a ouviria por meios daqueles “santos objetos”.

Minha mãe era analfabeta. Mulher simples. Costureira de mão cheia. Mãe dedicada e de fé inocente. Ela deixou as imagens dos “santos”, pelas imagens dos “objetos”. Talvez acreditasse ser tão pecadora a ponto de não se sentir digna de Deus ouvir suas orações.  Como pedagogo, sei que o analfabeto precisa de símbolos pra fazer associações e facilitar a aquisição do conhecimento. Todas essas religiões beneficiaram para o amadurecimento da fé de minha mãe em Jesus.  

Já nos seus últimos anos de vida, minha mãe tinha deixado todos os tipos de ídolos, imagens e objetos. Ela viveu seus últimos dias aqui na terra crendo somente em Jesus. Ensinei para ela que quem tem Jesus Cristo como ídolo em sua vida não precisa de mais nenhum tipo de imagem ou objeto para saber que Deus responde suas orações. Jesus nos justifica e nos dá dignidade diante da presença santa de Deus. Na verdade os ídolos, os objetos ou quaisquer imagens de esculturas que atribuímos algum louvor ou adoração terminam substituindo o lugar de Deus em nossos corações. Graças a Deus que o último “ídolo” de fé para minha mãe foi Jesus Cristo. Ela orava somente para Jesus. Jogou fora todos os outros ídolos, imagens e objetos. Amém.

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