Vivemos à geração digital. Em que
as informações invadem os lares, as famílias e as nossas vidas sem permissão
alguma. Esse mundo virtual é a representação mais viva da metamorfose que a
humanidade vem enfrentando. Temos
transformado os valores das coisas e das pessoas em algo efêmero, temporário.
Hoje, aquilo que pela manhã é útil, a tarde, já não é mais. Com a mesma velocidade que aceitamos amigos,
a usamos para excluí-los. E essa realidade já faz parte de todos os
relacionamentos comerciais, sociais e pessoais. E o casamento não está isento
dessa trágica mudança provocada pelos novos avanços científicos e tecnológicos.
O índice de casamentos precoces (adolescentes) e virtuais vem aumentando a cada
dia. Na internet as pessoas casam e se descasam despreocupadamente. O casamento
é uma mercadoria que é vendida pela mídia no varejo, ou em pequenas prestações.
Os relacionamentos têm prazo de validade. O casamento hoje está à mercê de uma
tecla, “delete”. Tem uma propaganda de uma operadora de telefonia, que retrata
bem essa verdade – Recomeço com a
internet. Mostra uma jovem, quase adolescente, chamada de Bia, que saiu do
seu primeiro casamento e entrou na sua primeira internet. E ali, ela mudou sua
vida para melhor. E encontrou sua liberdade, seu novo visual, sua turma de
amigos e seu antigo amor, sua verdadeira felicidade. Infelizmente nos dias atuais os
relacionamentos são descartáveis. E os meios de comunicação fazem questão de
tornar isso em um marco cultural. E de forma subliminar passam a ideia que o
casamento está ultrapassado.
Por isso que dentro deste
contexto social e cultural, celebrar as núpcias a cada ano é algo maravilhoso. Uma
vitória. Uma verdadeira benção dos céus! Essa maldição da separação e do
divórcio vem se alastrando furiosamente para dentro das igrejas evangélicas.
Essa desvalorização dos relacionamentos e em especial do matrimônio já não pode
ser ignorada por nós pastores. As pessoas estão desconectando Deus dos relacionamentos
pessoas e, até mesmo, de suas vidas. Deus tem se tornado o ser passivo, não por
que Ele assim o escolheu, mas pelo livre arbítrio, e por vontade do próprio
homem. As Escrituras nos ensinam que Deus permitiu que o homem tomasse suas
decisões e vivessem as paixões (Rm. 1.24).
Mas não era e nem é isso que Deus projetou para o homem, e em particular
para o casamento. E nós podemos
testemunhar no texto de gênesis cap. 2.
18 a 24 a vontade de Deus para o matrimônio.
“Então o Senhor Deus declarou: ‘Não é bom que o homem esteja só; farei
para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda’. Depois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do
céu, o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes chamaria; e o
nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome. Assim o homem
deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais
selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe
correspondesse. Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e,
enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne.
Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a levou
até ele. Disse então o homem: ‘Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da
minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada’. Por essa
razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma
só carne. O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha.” Gn. 2.
18-24.
A maioria dos verbos no texto
está na voz ativa, em que o sujeito encontra-se praticando a ação. No caso aqui
o sujeito principal do texto sagrado é Deus, não Adão. Deus FEZ a mulher do homem, Deus LEVOU a mulher para o homem. Assim, o
casamento é uma instituição criada por Deus. Deus deveria ser o agente ativo de
todos os casamentos em nossos dias. Foi Deus que criou, preparou, orientou,
levou a mulher até o altar e testemunhou o casamento. Deus tomou a frente em
todos os detalhes e em todos os momentos no casamento. Mas como isso pode se tornar real nos dias de
hoje? Por meio de sua Palavra. A Bíblia diz que a Palavra de Deus e viva e
eficaz, capaz de penetrar no mais fundo de nossa alma, e revelar nossas
intenções e pensamentos (Hb. 4.12). É na Palavra de Deus que vou encontrar as
orientações imperativas para um casamento saudável e duradouro. Pois a Palavra
de Deus ela é lâmpadas para os meus pés e, luz para os meus caminhos (Sl.
119.15). Deus tem que está presente nos nossos relacionamentos conjugais. Sem
Deus estamos sós. Somos fracos. Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois
conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade.
(Ecl. 4.12). Deus tem que ser a terceira
dobra em um casamento. O maior problema dos casamentos nos dias de hoje é o
fato de deixarem Deus de fora dos seus planos e agenda. Deus já não prepara, já
não orienta, já não testemunha, já não leva os noivos até o altar. As pessoas
tornaram Deus um ser passivo. Por isso tanto fracasso nos relacionamentos
conjugais. Os casais não têm força suficiente para enfrentarem as crises
naturais e imprevisíveis de um casamento.
Diferente de todo aquele que fundamenta seu casamento na Palavra de
Deus. Vêm as intempéries e vicissitudes da vida, mas eles permanecem firmes.
Deus diz que uma vida alicerçada sobre a sua Palavra é como uma casa construída
sobre uma rocha. Onde nem ventos fortes ou enchentes poderão derrubar aquela
casa, porque foi bem construída sobre o fundamento da rocha que é a própria
Palavra de Deus (Lc. 6.47-48). No casamento enfrentaram muitas turbulências,
ventos fortes e enchentes nada agradáveis, mas graças á Palavra de Deus e a
imensa bondade Dele muitos casais continuam de pé.
“Jesus também foi convidado... para o casamento” (Jo.2.). Essa frase
é muito representativa para nossa mensagem. Nas bodas de Caná, um lindo
casamento. Jesus foi convidado para está presente ali, juntos com os noivos e
seus convidados. A presença de Cristo naquela festa de casamento evitou uma das
maiores vergonha e humilhação que um casal anfitrião poderia passar. O vinho
até os dias de hoje é símbolo de prosperidade e felicidade para comunidade
judaica. A falta de vinho era uma ameaça de humilhação pública principalmente
para o noivo e sua família. Faltar vinho equivale á noiva dizer não ao noivo na
hora do casamento. O milagre de Jesus transformar água em vinho salvou aquele
casamento. Por isso, convidemos Jesus para fazer parte do nosso casamento, do
nosso lar, de nossa família. Sabemos que tem momentos que nos falta o vinho da
alegria, da paciência, do companheirismo, do perdão e muitas vezes até o vinho
do amor. Sem Jesus estamos sujeitos ao
fracasso conjugal. E muitas vezes os efeitos negativos da ausência de Jesus são
terríveis. Abandono do lar, separação de filhos, divisão de bens, divórcio,
ofensas, angustias e até depressão. O
próprio Jesus disse permaneçam em mim, pois sem mim vocês não podem fazer nada
(Jo. 15.5). Amados e amadas, que Deus abençoe grandemente seu casamento. Que seja
um referencial de longevidade matrimonial para as próximas gerações. Que as
bodas tornem-se uma celebração natural.
E não esqueçamos Jesus precisa SER,
não fazer, mas sim SER parte do
nosso casamento. Disse Jesus – VOCÊS SEM
MIM NÃO PODEM FAZER NADA!
0 comentários:
Postar um comentário