Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração;
prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te
ofende, e dirige-me pelo caminho eterno. Sl. 139. 23,24.
O maior inimigo das
nossas orações não é satanás, mas nós mesmos quando deixamos de orar. Na
parábola do juiz iníquo Jesus nos desafia a viver uma vida ininterrupta de oração
(Lc. 18.1). A oração é uma caminhada diária ao trono da graça de Deus (Hb.
4.16). Quando oramos temos que nos sentir desafiados em alguns aspectos de nossas
vidas. Davi é um exemplo de uma oração desafiadora. Colocar-se de corpo, alma e espírito a
disposição de Deus para que a ação divina seja um bisturi em nossas vidas não é
algo tão simples. Vejamos alguns desses aspectos de que somos desafiados no ato da
oração:
1 - DESAFIADOS A MUDAR DE PENSAMENTO: Pedir
pra Deus nos sondar é permitir que a mão do Senhor penetre nossa mente e faça
as mudanças necessárias em que, no por que e como pensamos. Na oração pedimos
que Deus plante em nossos corações os pensamentos Dele, pois na maioria das
vezes nossos pensamentos são maus - "Pois os meus pensamentos não são os
pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos", declara
o Senhor. Isaías 55:8.
2 - DESAFIADOS A CONFIAM EM DEUS: Já afirma
alguns teólogos que “dizer que ama a Deus é fácil, o difícil é confiar Nele”. E,
é na oração que essa realidade espiritual se concretiza. Davi diz - DIRIGI-ME.
Ou seja, Davi confia tanto em Deus que o convida para tomar o volante de sua
vida. Orar é colocar sobre a responsabilidade de Deus a solução aos problemas e
projetos de nossas vidas. É afirmar nossa total dependência Dele. Pois quando
dirigimos nossas vidas só fazemos “besteiras”. O contrário de confiar e
desconfiar. Por isso quando oramos somos desafiados a confiar no Senhor não
importando o medo ou a desconfiança que abriga em nossos corações - Mas
eu, quando estiver com medo, confiarei em ti. Salmos 56:3 - Não
temerá más notícias; seu coração está firme, confiante no Senhor. O seu coração
está seguro e nada temerá. No final, verá a derrota dos seus adversários.
Salmos 112:7-8
3 - DESAFIADOS A CONFRONTAR O PECADO: - Pois
investigas a minha iniqüidade e vasculhas o meu pecado - Jó 10:6. Jó
trava pela oração uma guerra contra seus pecados. É na oração que travamos uma
batalha espiritual contra os chamados pecados de “estimação”. Aqueles pecados
ou práticas contrárias à vontade de Deus que insistem em não nos abandonar. Que
muitas vezes bloqueiam o meu e o seu relacionamento com Deus. Paulo fala de uma
batalha mortal - Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de
derramar o próprio sangue. Hebreus 12:4. É impossível nos ajoelharmos
diante de Deus Santo e não nos sentirmos constrangidos e desafiados a arrancar
de nossas vidas os pecados que nos prendem a uma vida medíocre e dissimulada na
presença de um DEUS SEM PECADO. Esse desafio pode também ser chamado de DESAFIO
À SANTIDADE.
4 - DESAFIADOS A ABENÇOAR NOSSOS INIMIGOS:
A oração é um canal de bênção para que possamos aprender a perdoar e abençoar as
outras pessoas, mas principalmente as que nos odeiam ou nos maltratam - Mas
eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem
- Mateus 5:44 - Ensina Jesus. Orar por quem amamos ou gostamos é fácil. O
difícil é você orar pelas pessoas que maltratam e querem o seu mal. Por isso a
oração é um momento que nos desafia a abençoar os nossos inimigos. O melhor
caminho para perdoar e amar as pessoas que nos ofendem é usando os nomes delas
em nossas orações. É interceder diante da presença de Deus por essas vidas, que
muitas vezes são eles indigestíveis. Não é algo agradável, mas é o desafio que
Jesus deixa pra mim e pra você.
- Orem continuamente (1 Ts. 5.17). Orar já é um desafio. Mas quando
paramos para refletir sobre a responsabilidade ou implicações que o ato de orar
traz para as nossas vidas, percebemos o aprofundamento do significado da oração
para nossas atitudes diárias. Ela vai além do “falar com Deus” como muitos ensinam. É um
momento em que Deus tem a oportunidade de nos examinar dentro da concepção da
tricotomia (corpo, alma e espirito) cristã pelo seu Espírito Santo. Se você tem
orado e não se sente desafiado em nenhum desses aspectos, então tem algo errado
com suas orações. Arrisco até dizer que você não está orando, mas REZANDO, que
você é apenas um religioso cristão e não um cristão religioso.
Pr. João Maria Martins
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