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quarta-feira, 6 de junho de 2012

O VELHO BARCO NA AREIA (2)

O olhar no passado era o mesmo que não querer caminhar para o futuro. As lembranças de uma vida no mar, passariam a fazer parte de um quadro pintado e acabado. Não há mais imperfeições a reparar.  Ao abraçarem o chamado do Amado Mestre, aqueles simples pescadores tiveram que abrir mão de sonhos e de projetos. O mar já não é fonte de sobrevivência da família. O que construíram ao longo de tantos anos entre o mar e a terra, agora, ficaria registrado em memórias. Mesmo inseguros, o estandarte da renúncia alçaram. Não foi fácil ter que abdicar aquilo pelo qual transpiraram tanto em suas vidas para construir, por uma causa que ainda nem sabiam o que os aguardavam. O que nos garante para te seguir? Seria compreensível se aqueles simples pescadores o interpelasse. Eles tinham de segurança nesta nova caminhada somente a palavra de um desconhecido jovem homem que os chamara –... Segue-me...  A convivência ao lado do Mestre moldaria o caráter daquelas vidas para sempre. Era impossível dizer não ao Mestre. O que eles não entendiam ainda era que, aquele homem que os convocara entregaria a própria vida para dar-lhes segurança e novos sonhos. Simples pescadores. Aqui abro um parêntese para dizer que - seguimos o maravilhoso Mestre, não é pela causa dele, mas pela nossa - Entenda, Jesus veio para esta dimensão por um projeto divino de abraçar a terrena ignorância de todos nós. Estávamos como um barco a deriva em meio a uma tempestade humanamente incontrolável. Assim, atender o chamado do Mestre é a única alternativa de entrada na Vida Eterna. Encontrar Esperança. Verdade, essa, que ainda encontrava-se distante das reflexões daqueles aprendizes de discípulos. Mesmo inconscientes pelas névoas da insegurança e das incertezas em seus ansiosos corações, eles estavam também em busca de um lugar de descanso, o MESTRE. O mar já não faria tanto sentido para eles. Os barcos desolados, expostos aos raios solares e a brisas corrosivas trazidas pelo vento norte, tornar-se-iam vítimas de um desgaste natural nas finas areias da praia em cafarnaum.  A esperança e a fé teriam que caminhar juntas nesta inglória jornada. Sim, misteriosa. Suas novas pegadas não trariam admiradores. Não a princípio! Mas sim olhares preconceituosos e de incredulidades. Quem são esses que o céu escolhera ? Homens rudes. Brutos. Indoutos. Carregando na alma, agora, uma missão divina, porém delicada - pescar almas. A lição começa. O Mestre também nos convida a deixar os velhos barcos na areia e segui-Lo. ...

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