O
olhar da sociedade sobre a figura da criança e de superioridade. A criança é um
ser frágil, vulnerável e explorável. Que, infelizmente, a palavra delas (crianças)
geram dúvidas em tudo aquilo que relatam ou contam. E essa concepção rabiscada
da sociedade para com a criança tem promovido uma verdadeira avalanche de preconceito,
discriminação, abuso e violência contra a infância. Mesmo com tantas
legislações e programas públicos vigentes em todas as competências sociais (municipal,
estadual e federal) os resultados ainda são insignificantes. O Brasil é um
exemplo típico desse comentário. Nosso país é o número 1 na América Latina e o
2º no mundo quando trata de abuso sexual contra crianças e adolescentes. Para
piorar a situação, 49% das vítimas têm entre 2 e 5 anos de idade. O local
predileto para este tipo de crime, que era para ser sinônimo de segurança, é o
próprio lar da criança. Comumente os
agressores são pessoas bem próximas (conhecidas) das vítimas. A cada 4 horas
uma criança é vítima de abuso sexual em nosso país. Dados como esses configuram
a grande batalha que temos de enfrentar no “lar” brasileiro.
Muitas
vezes penso que essa batalha é inglória. Por quê? Pelo fato do que presenciamos
constantemente nos meios de comunicação. Os instrumentos de aliciamento e de
incentivo as práticas de abuso, violência e estupro a crianças e adolescentes são
incontáveis. Desde um simples programa de TV como é o caso de Malhação a rede
de tráfico e de prostituição de “menores” organizadas nas várias capitais do
nosso país. Poderíamos falar aqui sobre as letras e ritmos musicais com apelos sensuais,
o modismo de roupas curtíssimas, pais que “vestem e maquiam” suas filhas e
filhos com se fossem adultos preparados para acasalamento, a exposição do corpo
infantil por meio de fotos sensuais em Orkut ou MSN (redes sociais), bandas
teens (jovens) que se apresentam seminuas... E por ai vai!
O
que estamos fazendo com nossos filhos? Que direção temos dado as suas vidas?
Não podemos negar ou esconder o contexto social que em estamos inseridos. É
algo desanimador. Perverso. Mas como proteger a infância de nossas crianças?
Vejo um único caminho! Jesus Cristo - Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para
que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus,
porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos
tais é o reino dos céus. (Mt. 19.13,14). Que lição inesquecível para os
discípulos! Jesus lança outro olhar sobre a figura da criança. Não o olhar
tradicional da época. Em que as crianças eram seres inferiores. Sem voz. Sem
valor. Agora, Jesus diz que o Reino de Deus pertence ás criancinhas. Elas
mereciam respeito. Elas tinham valor e voz. Deus as ama. Deus as queria junto
dele. Afinal, ele também veio para salvar as crianças. Em Cristo elas
encontrarão dignidade, respeito e vida. Assim, levemos nossos filhos e filhas
para serem abençoadas por Jesus.
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