O conselheiro evitou comentar eventuais divergências internas sobre o foco das investigações da Comissão da Verdade. A lei que criou o colegiado diz que o grupo deve examinar todas as violações graves aos direitos humanos cometidas durante o período avaliado. Alguns conselheiros, no entanto, entendem que somente as violações cometidas por agentes de Estado serão objeto de apuração, o que excluiria, por exemplo, a ação de grupos armados de esquerda durante a ditadura militar.
“No seio da comissão não há essa divergência, isso não se manifestou. Vamos trabalhar com a lei embaixo do braço, nada mais do que isso. Vamos trabalhar exatamente nos termos da lei, examinar todas as violações graves aos direitos humanos, recuperar a memória do país e a verdade histórica, ponto”, disse.
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, participaram da primeira reunião da Comissão da Verdade.
A Comissão da Verdade terá dois anos para ouvir depoimentos em todo o país, requisitar e analisar documentos que ajudem a esclarecer as violações de direitos. De acordo com o texto sancionado, a comissão tem o objetivo de esclarecer fatos e não terá caráter punitivo.
NOTA DO BLOG: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (Jo.8.32). O Brasil busca se liberta do fantasma da injustiça que tem assombrado a consciência histórica e política do governo brasileiro. O período da "Didatura", esse é principal foco da Comissão da Verdade, foi um momento negro de cerceamento a liberta de pensamento. E o "sangue" de muitos revolucionários, contrário a política militar, foi derramado nos porões secretos da intolerância. Que esta Comissão realmetne traga resposta e luz ao coração de muitos familiares que perderam entes queridos, e que até hoje clamam por justiça. Com a verdade revelada haverá descanso na alma histórica e política do nosso país, e principalmente, no espírito das famílias vítimas da ditadura.
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