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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Missionário critica “voto de cajado” e barganha política praticada por líderes evangélicos: “A fé é sagrada”.


Missionário critica “voto de cajado” e barganha política praticada por líderes evangélicos: “A fé é sagrada”. Leia na íntegraA relação entre política e religião tem protagonizado recentemente, debates e troca de ideias a respeito do limite de envolvimento entre si. No meio evangélico, é cada vez mais crescente a participação de líderes que se envolvem com candidatos e declaram apoio a seus projetos.
 
Porém, essa prática é vista por muitos como inadequada, e o missionário Caio Marçal, Secretário de Mobilização da Rede Fale, uma organização que mobiliza cristãos em favor da justiça, publicou artigo combatendo o “voto de cajado”, termo usado como alusão ao voto de cabresto, prática comum em determinadas regiões do país.
 
Marçal ressalta, em seu artigo, o valor do voto: “Embora política não seja algo que se faça apenas em época de pleito eleitoral, apesar dos escândalos envolvendo autoridades escolhidas para gerirem o estado terem causado nojo e fomentado o desejo de grande parte de nossa gente a querer distância desse tema, apesar de tudo isso, cremos que a conquista do voto num país que por algumas vezes viveu longos períodos de ditadura, deve ser visto como uma avanço para nosso país”.
 
De acordo com o missionário, líderes evangélicos não devem usar a fé ou a igreja como forma de barganha política: “A fé é sagrada! Não pode ser tratada como moeda para conseguir vantagens. É lamentável que a sede de poder e dominação, que tem contornos diabólicos, sejam ainda hoje uma tentação para muitos”, pontua. Para ele, “o papel da Igreja na sociedade não é servir-se do estado, mas zelar para ser a consciência da sociedade e como bem disse o Pastor Batista Martin Luther King, ‘A igreja… não é a senhora ou a serva do Estado, mas, antes, a sua consciência… E nunca sua ferramenta!’”, contextualiza.
 
A seriedade que a fé e a vida em comunidade exigem é frisada pelo missionário, que repudia a promoção da política em nome de Deus: “Os líderes religiosos jamais podem esquecer que com Deus não se brinca e que o nome dEle não pode ser usado em vão! Deus, que não é manipulado por mãos humanas, não pode ser tratado como uma marionete de projetos de poder, ou para favorecer preferências políticas pessoais, por melhor que pareçam”.
 
Sobre a necessidade de influenciar a sociedade para escolhas melhores, o missionário Caio Marçal ressalta a importância do exemplo, e ventila a possibilidade de uma mudança de postura dos evangélicos no campo político.
 
-O proceder fala muito mais do que nossa pregação. Se desejamos mesmo que nosso país seja transformado pelos valores do Reino de Deus, precisamos nos arrepender de certas posturas também no campo do debate político e perceber o estragos causados pela relação promíscua com o poder.
 
 
site: noticiasgospel

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